O presente estudo tem como objetivo principal investigar sobre o uso do artigo definido do português por aprendizes coreanos e comparar a realização do artigo definido por aprendizes de nível básico e por aprendizes de nível intermediário. A fim disso, buscamos apóio teórico na hierarquia de dificuldade, nos conceitos de interferência e nas duas categorais, ou seja, referente específico e conhecimento pressuposto do interlocutor. Os dados transversais foram gerados pelos 22 participantes coreanos aprendendo português na Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros. Categorizamos os empregos do artigo definido em 7 tipos: referente óbvio, referente único, referente compartilhado(uso dêitico), anáfora associativa(segunda menção), catáfora topônimo e uso opcional. A seguir, analisamos as inadequações e as características do uso do artigo definido. Através da análise dos dados, foi possível constatar que o artigo definido é pouco usado por coreanos. Mesmo tendo consciência da diferença entre as duas línguas, os aprendizes coreanos evitaram usar o sistema desconhecido e complicado. Podemos explicar que a esquiva resulta da interferência da língua materna ou do conhecimento imaturo na fase inicial de desenvolvimento. Os alunos coreanos precisarão de mais tempo para entender a diferença entre o coreano e o português e a complexidade do sistema de artigos. Nessa fase, é muito importante o papel dos professores de português. O ensino focalizado na forma com base nos resultados encontrados aqui pode ajudar a aquisição ou a aprendizagem do sistema difícil da língua-alvo.